por Krish Saxena – Trimac Inc.
Doenças de origem alimentar constituem um problema de saúde pública pouco divulgado e que pode ser prevenido. Essas doenças são um fardo para a saúde pública e contribuem significativamente para os custos dos serviços de saúde.
Embora qualquer um possa ter uma doença de origem alimentar, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico debilitado estão em maior risco. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças de origem alimentar causaram algo entre 310 mil e 600 mil mortes em todo o mundo em 2010[1]. Em 1993, o governo dos Estados Unidos, através da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos), emitiu o primeiro Código de Alimentos, que tornou obrigatório para restaurantes, mercearias e açougues seguir os requisitos técnicos e legais específicos para manuseio de alimentos e produtos alimentícios. Desde 1993, o código de alimentos foi adotado por diversas jurisdições que o usam para regular a indústria alimentícia dos EUA.
Outro sistema de gestão de segurança alimentar é o universalmente aceito HACCP (Análise de Riscos e Pontos de Controle Críticos), no qual cada etapa dos processos de produção, armazenamento e distribuição de alimentos é analisada para identificar uma possível contaminação. A FDA dos EUA tem princípios base para HACCP, e a agência recomenda que esses sejam seguidos pelos envolvidos na indústria alimentícia. Com o aumento da conscientização e o advento de diretrizes e normas mais rigorosas, a segurança alimentar tornou-se mais importante atualmente do que costumava ser décadas atrás.
Por que o monitoramento dos alimentos é importante?
A maioria dos riscos relacionados aos alimentos pode ser evitada mantendo o alimento em temperaturas de refrigeração seguras desde a fazenda até a mesa. Isto pode ser conseguido pelo monitoramento cuidadoso das condições nas quais o alimento é armazenado.
Cerca de um terço dos alimentos produzidos anualmente no mundo para consumo humano é perdido ou desperdiçado[2]. Parte disso é devido a técnicas deficientes de monitoramento e gerenciamento de temperatura. Além disso, as grandes empresas são constantemente alvo de ações judiciais devido ao consumo de alimentos contaminados produzidos por elas. Além disso, se não estiverem atentas, correm o risco de comprometer a reputação da sua marca ou perder a lealdade de seus clientes. O ambiente atual de negócios traz consigo imensa concorrência. Portanto, é importante para as empresas investir constantemente no futuro e trabalhar para entregar os melhores valores para seus clientes.
Como os alimentos são monitorados atualmente?
A maioria das instalações atuais usa controladores autônomos para monitorar e controlar câmaras frias. Isto exige que um funcionário esteja fisicamente presente ou próximo do controlador o tempo todo. Se surgirem condições inesperadas e ninguém estiver presente na área para agir, isso pode fazer com que os alimentos se estraguem, resultando em perdas significativas para o funcionário.
Algumas instalações também usam registradores de dados autônomos para registrar a temperatura durante o transporte ou armazenamento. Mas, em vez de evitar um desastre, fornecendo alertas em tempo real, os dispositivos autônomos de monitoramento de temperatura só servem como uma ferramenta para realizar um exame do alimento após o dano já ter sido feito.
Umas poucas instalações usam sistemas RMS (Sistema de Monitoramento Remoto). Esses sistemas fornecem somente comunicação unidirecional do controlador para o funcionário, sem capacidade de diagnóstico remoto e correção. No caso de um alarme, o funcionário é notificado e precisa visitar o local para identificar o problema e, então, corrigir o alarme naquele momento, se possível, ou retornar mais tarde.
Como o RMMS pode ajudar?
As soluções de primeira linha para segurança alimentar são os sistemas RMMS (Sistemas de Monitoramento e Gerenciamento em Tempo Real). Esses sistemas permitem uma comunicação bidirecional segura entre o funcionário e o instrumento a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo. Tudo o que é preciso é um computador ou dispositivo inteligente com rede de dados 3G ou uma conexão com a Internet.
Através do RMMS, os funcionários podem acessar dados do controlador a partir de um local remoto, realizar diagnósticos e corrigir o problema antes da comida ficar estragada. O RMMS também permite que o funcionário acesse dados históricos do controlador, tais como temperatura, pressão, UR, tensão, corrente, válvulas de expansão eletrônicas, superaquecimento e status do compressor, ventiladores do evaporador, degelo, ventiladores do condensador, luzes e porta. Os dados podem ser retidos para o arquivamento de longo prazo, em caso de conflitos. Os funcionários podem iniciar o descongelamento ou alterar ao ponto de ajuste de outros parâmetros a partir de sua localização remota e evitar viagens desnecessárias ao local. Se a situação de alarme não puder ser resolvida remotamente, o diagnóstico remoto pode permitir que o pessoal de manutenção seja mais produtivo e pegue somente as peças de reposição e ferramentas necessárias antes de ir para o local.
O RMMS também contribui para a eficiência energética. Com acesso aos dados do controlador, o funcionário pode facilmente identificar áreas do sistema onde é possível economizar energia. Às vezes, essas correções podem ser pequenos ajustes ou adaptações no sistema que podem resultar em economia significativa de custos. Para a empresa como um todo, uma maior economia de energia pode contribuir para a certificação LEED e conformidade com os procedimentos HACCP.
No passado, as tecnologias RMMS costumavam ser muito dispendiosas e eram instaladas somente em grandes projetos de alto valor. Atualmente, existem soluções disponíveis no mercado que são confiáveis e acessíveis até mesmo para pequenos funcionários. Devido ao preço acessível, os instaladores podem ter uma grande vantagem competitiva sobre seus pares se puderem oferecer a opção de RMMS a seus clientes. Por outro lado, os clientes ganham a segurança de manter seus alimentos seguros e livres de contaminação a um custo muito baixo.
Entre os fornecedores internacionais, a Full Gauge Controls oferece seu software RMMS Sitrad e aplicativos para smartphones gratuitamente. O Sitrad foi instalado com sucesso em todo o mundo em várias aplicações grandes e pequenas, incluindo aeroportos, hipermercados, fábricas e restaurantes.
Referências:
[1] A OMS estima a carga global de doenças de origem alimentar http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/200046/1/WHO_FOS_15.02_eng.pdf
[2] FAO das ONU; Principais fatos sobre a perda e desperdício de alimentos. http://www.fao.org/save-food/resources/keyfindings/en/